Efetuar uma representação visual
do meu PLE foi uma tarefa de contínua reflexão, pesquisa e construção. Não
sendo eu muito criativa no que toca a tarefas mais gráficas, ou visuais,
procurei uma ferramenta que permitisse camuflar essa falta de criatividade...
Já trabalhava com mapas conceptuais, através da ferramenta Cmap Tools, mas esta
não me parecia a ideal para transmitir graficamente o conceito de PLE. De entre
as várias disponíveis, que testei, como o MindMeister foi a que melhor
representou o que eu pretendia, tendo sido a ferramenta com que mais me
identifiquei, apesar de a versão gratuita não permitir aceder a determinado
número de funções (como, por exemplo, adicionar imagens, de forma a enriquecer
visualmente o diagrama). Com a seleção do MindMeister, dei mais um passo na
construção do PLE, enriquecido com mais uma ferramenta, que prevejo utilizar
com frequência.
Num esforço de sistematização,
esta tarefa permitiu-me organizar, de forma mais objetiva, a minha rede de
aprendizagem pessoal. Partindo de todas as leituras efetuadas a respeito do
tema, concluí que fazia sentido agrupar o meu ambiente de acordo com as funções
associadas a cada recurso, ferramenta ou serviço. A própria definição das
funções enquanto categorias agregadoras foi um processo de reflexão pessoal e
de redefinição constante, uma vez que o mesmo recurso/ferramenta pode
efetivamente servir múltiplas funções. Tentando manter-me fiel à ideia inicial,
optei por privilegiar os objetivos fundamentais com que utilizo cada recurso.
Neste sentido, elaborei a seguinte lista de categorias: Comunicação,
representando as ferramentas que utilizo para comunicar diretamente, de forma
síncrona ou assíncrona, independentemente de ser uma comunicação mais ou menos
formal e do objetivo específico da comunicação (pessoal, social, profissional,
entre outros); Publicação e partilha, que, embora sejam duas funções
diferenciadas, são, no meu contexto pessoal, indissociáveis, uma vez que tudo o
que publico (original ou não) tem igualmente o objetivo de ser partilhado; Criação,
que representa basicamente as ferramentas que permitem produzir objetos ou
artefactos, quer enquanto aprendente, quer enquanto docente; Organização,
que inclui as ferramentas a que recorro frequentemente para organizar todos os
tipos de atividade; Colaboração, enquanto conjunto de recursos que me
permitem colaborar e participar em atividades com parceiros, colegas e alunos; e
Pesquisa, nomeadamente de artigos académicos e outros artigos que me são
úteis nas vertentes académica e profissional.
Depois de esquematizadas as
principais funções e atribuídos os principais recursos, iniciei um outro
exercício: tentar verificar as interações que existem, ou melhor que eu própria
crio entre as múltiplas funções representadas. Curiosamente, deparei-me com o
facto de praticamente todas as interações confluírem na função Publicação e
partilha, sendo que todas as restantes categorias estão, de uma forma mais
direta ou indireta, associadas e conduzem aos objetivos principais de publicar
e partilhar. Contudo, creio que a comunicação, a colaboração e a partilha são
conceitos muito próximos e estão intimamente interligados na rede.
Consciente de que se trata de um
processo e não de um produto, a representação visual do meu ambiente pessoal de
aprendizagem congrega as pessoas a quem estou ligada, os recursos que utilizo,
as ferramentas e os serviços a que acedo, configurando-se como uma das inúmeras
possibilidades e potencialidades oferecidas atualmente na rede.
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